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IMPRENSA
A imprensa local, o Jornal a Verdade, fez uma reportagem sobre a nossa loja, que passamos a partilhar:
A Loja “Recycle 4 Kids” convida à reutilização de artigos de criança
Nos últimos anos têm surgido por todo o país algumas lojas de artigos em segunda-mão e o facto é que se têm tornado em apostas de sucesso. A loja “Recycle 4 Kids” é um exemplo deste tipo de comércio e podemos encontrá-la em Marco de Canaveses, na Rua Adriano José de Carvalho e Melo, junto à Câmara Municipal. Alexandra Sousa e Nuno Tavares são os proprietários desta loja em segunda-mão, direccionada para o comércio de artigos infantis, como roupas, calçado, berços, carinhos, entre outros. Uma loja onde o cliente tem a oportunidade de encontrar artigos para crianças dos 0 aos 12 anos, que conservam o bom estado e que apresentam preços baixos, desde 50 cêntimos.
Segundo Alexandra Sousa, a ideia deste negócio surgiu com o nascimento da filha. “Eu e o meu marido tivemos esta ideia quando nasceu a nossa bebé. Temos uma bebé com 15 meses e começamos a perceber que as roupas dos bebés ficam todas novas, então nós achamos que tudo deve ser reaproveitado, deve-se gastar até ao fim e não deve haver desperdícios”, explicou.
O objectivo do negócio é comercializar roupas e acessórios que já não tenham uso mas que conservem o bom estado, a fim de que outras crianças as possam usar.
“As pessoas trazem a roupa que os filhos já não usam, ela é seleccionada, depois é lavada e passada a ferro e depois é exposta na loja a um preço muito acessível”, assegurou a comerciante, referindo ainda que “às vezes chega aqui roupa mesmo a estrear, porque quando os bebés nascem oferecem-se muitas coisas e às vezes há tanta roupa que eles não conseguem vestir tudo”.
Com base no lema dos três R’s amigos do ambiente - reaproveitar, reciclar e reutilizar – Alexandra Sousa anunciou as vantagens que os pais em geral podem beneficiar. “As pessoas, por norma, ou emprestam os carrinhos e as camas ou então, muitas delas, ficam a ocupar espaço em casa, nos sótãos ou nas garagens, e acabam por se estragar porque não são usados. Tudo o que as pessoas tenham em casa a ocupar espaço que esteja actual e em bom estado de conservação, podem trazer à nossa loja. É uma forma de ganhar espaço em casa e é óbvio que recebem uma quota parte do valor da venda pelos artigos”, defendeu a lojista, alertando apenas para a necessidade de um aviso prévio, devido ao espaço reduzido da loja.
Apesar de no início, o casal ter algum receio devido ao preconceito, uma vez que este tipo de lojas é frequentemente rotulado como ‘lojas para pessoas pobres’, a adesão mostrou-se positiva. “Ao contrário do que se pode pensar esta não é uma loja de pobres mas sim de pessoas inteligentes``. Ainda existe essa ideia mas nós temos aqui clientes de todas as classes sociais e eu acho que as pessoas de classes mais elevadas não têm tanto preconceito a entrar aqui como aquelas pessoas que nós achamos que precisam mais. É a chamada ‘pobreza envergonhada’ e isso devia acabar”, considerou a lojista, acrescentando que “desde cedo se verificou uma adesão positiva. Vamos mantendo os clientes e quase todos os dias entram pessoas novas na loja, o que é óptimo”, ´´em países com melhor nível de vida que o nosso, nomeadamente a França ou a Suiça, já se tornou um hábito as compras nestas lojas``.
Tendo aberto portas há cerca de um ano, a “Recycle 4 Kids” conta também com uma vertente solidária. Algum do vestuário que chega ao estabelecimento é entregue com o âmbito de ser oferecido e, assim sendo, é frequente a entrega de roupa a instituições de solidariedade. Paralelamente a esta iniciativa surgiu a “roupa a custo zero”. De acordo com Alexandra Sousa, “a roupa a custo zero depende do volume de roupa que nos deixam aqui para dar. As pessoas ficam muito admiradas mas quando percebem que é verdade ficam muito satisfeitas”, concluiu.